Pois bem. Relacionamento novo, aspirações novas. Esperanças, sonhos, encantamento. Promessas. Ou pelo menos, pactos. Mesmo que mal-compreendidos. Mal-estabelecidos. Tem-se um entendimento, ou entende-se que se tem algum.
Então, desilusão.
Porque sempre há desilusão.
Mas você, sabiamente, já estava preparado para a inevitável desilusão. Afinal, companheiro, ela sempre te espera, no dobrar de cada esquina. Por cima do seu ombro você a vê, sua respiração você a sente em sua nuca. Sempre um passo atrás. Sempre atrás.
Preparado você está. Você tem que estar. Não é mesmo? Você sabe que ela vai chegar, de supetão, uma hora. Inclusive, você a vê de relance. Na verdade, na honesta verdade, você a procura. Mas é pra se preparar, se manter alerta. Vigilância constante. Não é, meu caro?
Será?
Então, ela chega. Já esperada. Antecipada inclusive. É uma confortável amiga, de longa data. Periódicas e regulares visitas ela te presta, mas sempre te acompanha. Você busca sua companhia.
Desilusão.
É doce seu som nos meus lábios.
Desilusão.
É velha amiga minha e da
solidão.
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