Monday 12 December 2011

Hardy-mood

Sim, meu problema é maior que o seu. Simplesmente porque é meu. Minhas dores são maiores que as suas. Meu sofrimento é, com certeza, mais avassalador. Você não tem idéia. Não existe comparação...

Ixi. 

Faz muito que não estou interessada em competições para mártir do ano. Não estou mais interessada em problemas insolúveis. Pode ficar aí com sua pior desgraça. Tenho certeza que a minha não é tão ruim assim.



Essa é uma competição que não faço a mínima questão de ganhar. E não entendo porque tanta gente adora competir nesta categoria. Será que não se dão conta? Hábito faz o monge, não Ari?

Tuesday 6 December 2011

Aforismas da insônia pós-rabanada da meia-noite-e-meia - Parte 1.

Liberdade - tarda para uns (mas falha para outros).
E ainda: quem nada possui, nada teme.

Tolos são aqueles que não nos entendem.
Pequenos os que acham que nos entendem, mas discordam de nós.

Não nasci para política de escritório. Quando completei um ano de casa, comprei um taser. Quando fiz 10 anos, escalpei meu chefe com uma colher. Conclusão: Já dizia Ascaris lumbricoides, se não for neutropênico, desescalona, minha filha, desescalona. (na verdade, ela fala que essa palavra não existe).





"Desapêgo". Palavra-chave de 2012. Sim, mas do quê? Devo ser desapegada de quem? Do quê? Acho que devo me desapegar de mim mesma. Desse meu ímpeto pouco comedido. Dessa minha fome de engolir o mundo. Quero me livrar também dessa carne que me limita, marcada para morrer. Essa caixa rígida, que me carrega dia-pós-dia, para mais perto de minha cova - bom, essa quero que se exploda, junto com todas as outras caixas que fazem do trânsito de seres e idéias algo insustentável.  Me desapegar do meu deslumbramento deve ser essencial: essa ingênua vivacidade que assusta meus doutos colegas, por exuberância e por ousadia. Ousar é também errar. Desapegar da ansiedade também, e do meu medo. Medo de tudo, mas principalmente do medo de não bastar, de não me bastar. De insuficiência.

E se é prá desapegar, que desapegue-se mesmo. Que se desapegue do que mais esteve excedente em 2011: que se desapegue do amor. Porque sou só amor. Tão amor, que por vezes me pergunto como cabe tanta intensidade em um só peito. Como será que não entro em combustão espontânea a todo outro instante. Mas não, fico aqui, em constante equilíbrio dinâmico, sempre a um passo do desequilíbrio anquilosante. Eita esquiador maldito. Porque você sabe, eu viro estátua.

E se assim me desapegar de tudo isso, sobrará uma casca tão oca e fina e quebradiça que se romperá a mais leve brisa. E dessa vez, não serão lágrimas a escorrer (e como escorrem!). Nada escorrerá. Nada existirá. Não haverá mais nada lá.

Thursday 2 June 2011

How do you feel when your life might be about to change forever?

 ... or, in other words, WTF to go now? *




Is this the right path, you wonder? Or is it the right person to follow down on what you think could be the right path? So many questions unanswered. So many possibilities. But isn't it the wonderfulness of life? This chill of (half) unpredictability? But what about the what if's? What about trying to be as much happy as you can for the longest period of time possible? Or is it better just to aim for absolute happiness whenever you can - even if those moments are sparse in time?

Cricket. Cricket. Cricket. 
No one knows. No one can truly know. 

Anyway, I'm going down on one of those paths this weekend. Maybe I'll have one less "what if" in my life. Maybe I'll really love that. Maybe I can fill a hot air balloon with all the bubbly weird things I've been feeling and just keep on feeling like this forever, up in the air. But, let's face it, I wouldn't like that that very much - and if you were in my shoes, you wouldn't either. We all want to evolve somehow. And so does our feelings. If they don't grow, don't evolve, they most surely die. Ouch. Let me explain: 

I don't know about yours, faithful reader, but my feelings keep on growing. They grow in such a exponential rate that I'm afraid they might overtake what's left of me. Smother the rest of poor Laura. But there's nothing I can really do about it. I was born this way. I was born to love completely or not at all. And if we love completely, we love more with each passing day, with each new unveiled flaw: it is very easy to love virtuousness. I want to see you like the vices as well - because come one day, 'putting up with' won't be enough, honey.



I'm babbling here. I tend to do that now. And I don't wanna get out of bed (because of my wonderfully wonderful dreams). Oh dear, shoot the deer.

Anyways...
The point is, yes, let's capture the momentum. But let's also have space to grow. Let's build something solid together. Leaving a trail of bread crumbs isn't my idea of a solid future. I am more like the practical pig: no wolf is puffing down my little brick house when I'm done. Planning and building a future together could strengthen any relationship - or break them apart for good. 

My last words of advice? Think of what you are about to do (not by yourself!! - think it over with you best gay pal - they are the best for fashion, naughty advice and life-changing decisions), drink 2L of water a day, sleep 8 hours a night, exercise and read a good book. And cut the sugar: it is evil. Trust me on this! It's been messing with me this week! Bwahahaha. 


* There is a "right" answer, as you probably noticed. It is very easy and clear to choose if you just take a step back (or if it is not your life LOL). Clear your head of possible infatuations and take the real plunge. But what is real? That, my friend, only you can know.

Monday 9 May 2011

O descontinuar de uma idéia


Porque nem tudo tem um propósito. Não no momento de criação, at least.

Estampado


Se te falasse ontem que hoje as coisas seriam como são, você não me acreditaria. Zombaria de mim, de certo. Eu entendo. Tambem não imaginava que caminharíamos até este ponto na história - agora nossa história. História de nossas vidas. E essas vidas, que por milagre ou destino se cruzaram. Quem diria que um dia se entrelaçariam? Minha fita em sua fita, tão emaranhada que já não sei bem certo os limites - onde acaba uma e começa a outra. Um dia, meu bem, um dia vou chamar esse tricô todo, que dá pano pra manga, de nosso tricô. E vamos tecê-lo juntos, e você também vai chamá-lo de nosso. Quero um dia, já bem velhinha, olhar por cima dos meus óculos para você. Sim, você. E te espiar, costurando na mesma colcha que eu os retalhos de nossas memórias mais preciosas, compartilhadas, juntas. Uma felicidade estampada. Em todas as cores e tamanhos que tivermos. T.A.


Amar demais não é pecado


Amar demais não é pecado. E vou lhe provar. Se o amado corresponde, a felicidade resultante é esmagadora: sufoca a todos em torno do casal enamorado. É tão grande que parece explodir o peito. Imensa: os quatro apóstolos já diziam que é tudo que precisamos nesta vida. Se o amado lhe é indiferente, a angustia pode lhe crescer no peito. A vida perde um pouco do seu viço: os pássaros já não são tão coloridos ou afinados (porque sabemos que, para os apaixonados, qualquer barulho sôa como sinfonia, na melosa melodia dos românticos). Mesmo assim, não se desespere, te digo: amar demais não é pecado.


Amar demais não é pecado. Não acredito que possa haver limítes cabíveis ou fixáveis na dança do encontro de duas metades. O erro não é pecar pelo excesso: amar demais não é pecado. E me perdoem as Clarices, sempre há o que se fazer no melodrama dos rejeitados. Para os corações descompassados: triste não é aquele que amou sem ser amado; triste daquele que nem sequer percebe o rítmo do amor,  que nunca aprendeu a amar.




Amar demais não é pecado. E não existe amar errado: só existe o se querer bem, o se doar. A simbiose comensal pode espantar os mais estudiosos-evolucionistas e biólogos, mas o que me espanta mesmo é o parasitismo nesta arte de amar. 


Amar demais não é pecado. É arte sim. É encanto, é graça, é leveza do espírito. É o ballet da vida, o par de deux que almejamos alcançar. É um calor no peito que aquece até nossos vizinhos; um sorriso nos lábios, daqueles bem despretensiosos e felizes, que lá aparece inexplicavelmente - e contagia.


Desejo a todos que amem demais. Amar demais não é pecado: pecado é viver uma vida pela metade, numa redoma, atrás de um muro, por você mesmo edificado. Protegido. Eu te pergunto, protegido do quê? Vou lhe contar um segredo, amigo: viver a vida pela metade é não vivê-la at all. E mesmo que seu par de deux se transforme num monólogo, o que é a vida se não a busca por essa completude? Viva, ame demais a todos e a tudo. Busque, ao menos, ser feliz. E tenha coragem, irmão. Porque para ser feliz, deve-se ter coragem.

ALL YOU NEED IS LOVE

Thursday 3 February 2011

hand in hand

 
Agora preciso de tua mão,
não para que eu não tenha medo,
mas para que tu não tenhas medo.
Sei que acreditar em tudo isso será,
no começo, a tua grande solidão.
Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora: Por amor.



Clarice brilhantemente me faz lembrar, todos os dias. E eu acredito nela. Eu acredito. Eu acredito que esse momento chegará. E eu espero. Porque eu sei que valerá a pena. Já vale. Porque eu nunca me senti tão cliché assim em todos estes meus longos anos de existência. 
 *
Sim, esta felicidade que se traduz em euforia, frio na barriga, sorrisos inexplicáveis que não desaparecem de meus lábios por horas à fio. E se transforma em uma saudade esmagadora e sufocante em sua ausência. Há de ser cliché! Nunca fui tão sappy e corny. Nunca fui melosa. Céus, flores! Eu, mandando flores! E não quaisquer flores, rosas vermelhas! Claro que me arrependi amargamente no mesmo dia, com a reação que obtive do amado. Mas o surpreendente foi minha ânsia de lhe dar as ditas rosas. Preocupante.
 *
É terrível gostar tanto assim de você - me consome. Consome meu tempo: antes devaneava sobre vida, morte e aleatoriedades além da imaginação de qualquer imortal. Agora, não consigo sair da esfera que te cerca. É como a gravidade, me puxando. Assustadoramente, pareço nadar com a correnteza - para onde será que ela irá me levar? - Muitos a minha volta dizem que vou me afogar. Será? (será que já estou me afogando?)
*
Bom senso... o que é bom senso? Bom senso é amar e ser amado. É segurar a mão da pessoa que significa tudo pra você e sentir sua mão ser segurada. Bom senso é andar descalço na areia morna de final de dia, usar filtro solar, jogar lixo na lixeira, dar muito beijo na boca na sala escura do cinema. Falar com o coração é bom senso. Ir à luta é bom senso. Colocar a "cara à tapa" é bom senso. Afinal, quem quase morre está vivo, mas quem quase vive já morreu...