... é aquele que não quer ver.
Monday, 23 May 2011
Monday, 9 May 2011
Estampado

Amar demais não é pecado
Amar demais não é pecado. E vou lhe provar. Se o amado corresponde, a felicidade resultante é esmagadora: sufoca a todos em torno do casal enamorado. É tão grande que parece explodir o peito. Imensa: os quatro apóstolos já diziam que é tudo que precisamos nesta vida. Se o amado lhe é indiferente, a angustia pode lhe crescer no peito. A vida perde um pouco do seu viço: os pássaros já não são tão coloridos ou afinados (porque sabemos que, para os apaixonados, qualquer barulho sôa como sinfonia, na melosa melodia dos românticos). Mesmo assim, não se desespere, te digo: amar demais não é pecado.
Amar demais não é pecado. Não acredito que possa haver limítes cabíveis ou fixáveis na dança do encontro de duas metades. O erro não é pecar pelo excesso: amar demais não é pecado. E me perdoem as Clarices, sempre há o que se fazer no melodrama dos rejeitados. Para os corações descompassados: triste não é aquele que amou sem ser amado; triste daquele que nem sequer percebe o rítmo do amor, que nunca aprendeu a amar.
Amar demais não é pecado. E não existe amar errado: só existe o se querer bem, o se doar. A simbiose comensal pode espantar os mais estudiosos-evolucionistas e biólogos, mas o que me espanta mesmo é o parasitismo nesta arte de amar.
Amar demais não é pecado. É arte sim. É encanto, é graça, é leveza do espírito. É o ballet da vida, o par de deux que almejamos alcançar. É um calor no peito que aquece até nossos vizinhos; um sorriso nos lábios, daqueles bem despretensiosos e felizes, que lá aparece inexplicavelmente - e contagia.

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