Sunday, 7 October 2012

Big Mouth

Have you ever regretted saying something immediately after you've just said it? Sometimes we want to show our POV, expose our feelings. Sometimes there might even be traps laid out for you: "no sweetie, I want to know what you are thinking..." or "lets talk, you can tell me what you feel...". Now, hear me: YOU CAN'T. Just don't. Or you might get burned.

There is no use telling people your conjectures, your predictions, your "would have been's", if there is nothing to be done: to solve or to fix.

People won't understand what you are saying IN THE WAY you mean it. Lines will get mixed and crossed. And you will be left feeling alone, hurt and what's more: guilty. Guilty because people will get hurt as well. People you might truly love. And after that they will change their attitude towards you. Too bad for you, now hurting and forever hurt as well. No one cares that you just bared your soul to them. And this, my friend, can never be undone. Ever again. Things won't be the same. Relationships could be forever broken, including the relationship you were counting on to call home.

So, my advice, keep your f**** mouth shut, and keep these obnoxious thoughts and feelings (that most of the time mean nothing) to your f****** self.

Thursday, 27 September 2012

Exhausted musings

If you've never cried out of exhaustion, you've never experienced real hard work. It doesn't need to be physical. It doesn't need to be Herculean. When your head pounds and aches - actually, even your hair aches - you know you've reached a new level of tiredness. You just want to curl up and sleep, in a corner, unnoticed by peers and family. Sleep forever and then some. But when you finally get the chance to lay down in a quiet corner, an incredible urge to disappear takes over. Being still isn't enough anymore: you want to evaporate from Earth's surface.

I was feeling like this.

As I contemplated in the dark this new scenario, I realized that something else was aching. My soul. There was a hollow in my throat and between my gut and my chest. I could no longer feel warm. I had gone numb, something was ripped off me. My taste buds were no longer appreciating this life.

Yes, exhaustion was there. But there was something more, something deeper, more intricate. I could no longer continue like there was nothing wrong with the life I had been leading. I would not do so. My body was too weak to attempt to move then, my head was splitting itself open from sheer pain, and yet I knew that the hollowness I had felt was life telling me something was wrong. And I was going to listen to its call. I needed to. I was going to change.

No one should choose to be unhappy. Grab every chance of smile and laugher. And learn to let go of the things that bring tears to your eyes. To love those isn't enough. Happiness, complete and limitless, that is enough. Love doesn't hold a candle to happiness.

Wednesday, 11 July 2012

Listas Perfeitamente Inúteis

Listas são essenciais à minha existência. Tenho lista de listas de afazeres a serem feitos se ou quando outros acontecerem - um verdadeiro algoritmo em listas. Mas sem minhas listas, o pouco que faço seria menos ainda.

Percebi que sou uma fazedora de listas compulsiva ainda nova. Com o tempo, percebi ainda que minhas lindas e perfeitas listas eram uma realidade paralela, um escapismo sem fim para um presente que já não me agradava tanto. Já dizia aquele psiqui-maluco que ótimo é inimigo do bom - e descobri que o ótimo é inimigo do fazer, do terminar. Os perfeccionistas quando frustrados - e a maioria o é - acabam por deixar a coisa incompleta, por largar de mão. E não há lista, por mais detalhada e cheirosa que seja, que resolva problemas, se você não for ticando item a item até completá-la.

Hoje, prefiro preferir um guardanapo amassado com rabiscos a folhas enormes impecáveis e inusadas. Simplicidade e eficiência.

Ah, mas uma linda lista! Quando bate aquela saudade, aquela angústia, passo horas desenhando a minha listinha que só funcionaria no mundo perfeito. Tão linda! E inútil!

Tuesday, 10 July 2012

O barulho do silêncio

Já reparou o quão barulhento é o silêncio?

Faça uma experiência científica: No calado da noite, feche bem os olhos e escute o nada. O nada é um zumbido feroz que se transforma a medida que você se concentra nele. E fica mais alto. E mais baixo. E mais alto de novo. E o volume aumenta em um ouvido, depois em outro. Dá uma pressão em um deles e some. Uma imagem de chuvisco de televisão vem na minha cabeça e não consigo explicar o porque. Depois some como se nada tivesse realmente se passado. E se algum barulho, por menor que seja - até mesmo o da peristalse da lagartixa pendurada no teto - te desconcentra, você é capaz de jurar que todo aquele silêncio barulhento não passa de imaginação: afinal, onde já se viu barulho em silêncio?

E tem gente que diz que silêncio diz pouco - ele te diz: Ménière... Ménière... Rsrsrs

Monday, 9 July 2012

Capanga Capenga

O pobre capanga Capenga tinha um braço esquerdo só. Pobre capanga capenga! Nunca se acertou na vida.

Afinal, com esta incrível deficiência de apenas um braço esquerdo só, não é de se espantar que nenhuma facção criminosa o quisesse. Sabe como é, capangas, há aos montes, para que empregar um auto-intitulado capenga?

Mas Capenga viu sua sorte mudar. Se aposentou por invalidez pelo INSS sem ter trabalhado nem mesmo um dia sequer em toda sua ociosa vida capanga. Vida capenga.

Hoje, ganha bolsa-auxilio do governo e vive o resto de seus dias capengas elegendo os capangas que o mantém capenga. Pobre Capanga Capenga. Mal sabe ele que, dos capangas, é o mais capenga.

Sunday, 8 July 2012

Não me reconheço

Já faz tempo que olho no espelho e vejo um estranho. Um sujeito cansado, que espreme reclamações de toda e qualquer situação mas faz sempre o mínimo. Que é até boa praça, mas acaba sempre deixando algum querido na mão. Me dói. Mas talvez não seja dor intensa:

Uma coceira me sobe nas costas. Esse sujeito se tornou menos da metade do que se sentia por dentro. Ele, até pouco tempo pelo menos, espelhava alguma fagulha do antigo fogo que nele antes residia. Agora não há mais nenhum calor - ficou só a fuligem e fumaça do que algum dia já foi algo. Que poderia se tornar algo. Tenho saudade do que fui. Do que poderia ter sido. De certa maneira, tenho saudade de um eu que talvez não exista mais. Ou talvez esteja dormente; latente, como um vírus dominado e subjugado, ardente pela libertação linfocitária que, se vier, será sem dúvida ebolesca. Se vier.

Enquanto não vem, fico olhando no espelho o estranho que me assusta. Me assusta porque é a fasceis de todos. É a doença do mundo.

Tuesday, 3 July 2012

Circunstâncias circunscritas


Acho fantástica a noção de que minha locomoção está implícita e a sua não. Por que raios é esperado que eu me desloque até você e não você até mim? Sim, acordamos cedo e dormimos tarde. Sim, estamos igualmente cansados. Mas se a vontade de me ver é menor que seu cansaço, de fato prefiro que não venha. Eu vou te contar do porque EU não vou: já fui. Já cansei de ir.

Quantas vezes fiz herculeanos esforços pra te ver, estar com você? E em retribuição espera-se simplesmente que de vez em quando faça atos igualmente loucos. Loucos de amor. Não quero nada premeditado. Nem quero desordem o tempo todo. Mas matar a espontaneidade do amar é buscar calor no abraço de cadáver, rígido em rigor mortis. Se a chama que diz arder por mim está morna a ponto de conseguir esperar pela chance oportuna, ou acaso do destino, sinto muito.

Eu crio as minhas circunstâncias.

Venha logo ou não venha nunca mais.

Wednesday, 27 June 2012

Eu te amo


Não porque é fácil ou porque deva ser. Nem porque é difícil. E não deve ser. Não tem nada de simples no amor. Mas eu te amo. Todos os dias, eu te amo.

Te amo no óbvio e complexo da vigília matinal, quando tudo é ainda confabulações de um futuro distante. Somos ganhadores da próxima loteria, vencedores de Nobel, tutores legais de todos os órfãos abandonados, distribuidores da riqueza e felicidade através da nação. Amo seu idealismo. Amo que você permita o meu.

Lemos o jornal e, com café, acordamos. Amo que você discorda de mim, em praticamente tudo: futebol, política, religião. Tudo é tão mais vivo e interessante. Você me escuta e eu, te escuto as vezes. Estou aprendendo a escutar. E te amo ainda mais por ter a paciência de me ensinar.

Te amo depois, na indecisão daquele que já é feliz em agradar. Os dias com você sempre passam mais depressa. Confesso que é apocalíptico: teria eu a noção de menos-vida por estar ao seu lado? - Como sou boba, penso sempre a seguir: não é a duração, e sim a intensidade do momento, que o torna inesquecível, especial. Concorda? E os que tenho com você são sempre os mais memoráveis. Não importa se é aquela manhã de dolce fa niente totalis em casa ou até mesmo aquelas conversas de horas no telefone, permeadas por silêncios, nós dois concentrados em alguma coisa, mas ambos curtindo a companhia um do outro, pelo telefone. São os meus momentos. Os nossos momentos.

Chega a noite. Sua novelice, que me irrita demasiado, é amada, assim como a cozinha em padrões de laboratório de microbiologia - e todas as idiossincrasias que o pacote traz. É um pacote fabuloso. A pizza, o fogão usado como armário, tudo é parte de um processo. E eu entendo. Mais que isso: amo o pacote. Todo ele.

Na correria quadrada do cumprimento de planos e metas, na rigidez da inflexibilidade, te amo também. A idade corrói o ferro. Mas bobo é aquele que não sabe solda de ferrugem. Estabilidade se conquista. Soldar é arte que está em baixa no mercado. Estruturas articuladas tem seu charme, mas já vimos muitas desabarem ao nosso redor. Prefiro minha ponte. Solida, soldada, estável, amada. Essa ponte é meu caminho até a sensibilidade que nunca tinha antes alcançado, até uma vida de possibilidades que até então só imaginava. Minha ponte para o amor.

Sei que as palavras te faltam. E em mim sempre sobraram. E eu te amo por isso. Não por ouvir minhas palavras. Ou por as vezes deixar eu forçar as suas. Te amo por guardar silêncios para mim; me ensinar a te-los. E principalmente, amo cada palavra sua: mesmo as que você nunca disse (e nem nunca vai dizer).

Amo tudo. Todo você. Não tem fio de cabelo seu (por mais bizarro lugar que possa aparecer) que eu não ame. Seu sorriso é sensacional. Me faz sorrir só de pensar nele. Amo como você me abraça, como faz parecer que tudo sempre vai ficar bem. Seu cabelo é lindo.

Amo seu coração. Nunca conheci alguém tão bom. Com tanta bondade e riqueza de caráter. Você me inspira. Amo te amar. Amo que você também me ama.

Monday, 13 February 2012

Passividade

ou, a atividade de passar. E como passar em atividade dá trabalho....


Por cima daquele morro passa boi, passa boiada. Só não passa a Luiza, que está no Canadá. 
Oops, não pude evitar.


Já que estamos no clima:


O Papagaio come milho. 
periquito leva a fama. 
Cantam uns e choram outros
Triste sina de quem ama.

O buraco é fundo, amigo. É fundo... E mais embaixo.

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Acabou-se o mundo.

We need to talk...

Those might be the most dreaded words ever. Why? Yes, I ask you the why. For it is no simple matter.




We are cowards. We prefer to run from the confrontation than to mend the situation. Yes, the old tactic to avoid any and all problem and hope it will go away. 


We are cowards but we are not stupid: we KNOW it won't go away. If given the option, we would mend our broken relationships. But that is not the option that is presented to us: life is a little bitch. And throws banana peel at us. Traps and slippery situations all around. We learn from a young age to avoid. Avoidance is the name of the game, bebê.


One day, however, we consider the possibility to break free from our old reality, our old pattern. We think we can actually do it, and start wondering about the possibility, about what we could do.


We can either talk - and by that I mean uncover the well and maybe find happiness forevermore - or until the next bump in the road - or drown terribly in said well. And we fear, oh my gosh do we fear! We fear the unknown, the unpredictability of the other. Of ourselves. The unforeseen is terrifying, but it brings a gleam - or shadow - of hope. To mend is possible, but also possible is the chance to break, completely and definitely. The indefinition of the situation appeals to us, especially when our heart is in serious jeopardy. 


As our dear Gilberto Amado used to say: If to live is not easy, to live together is hell.
Alas, to love, the great suffering. And also the great redemption.... 


ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO.