Tuesday, 14 December 2010

When you lose perspective


Imagine that you have to make a choice. The choice is simple. It is between something right and something wrong. Standing up for something you believe in against someone or something that threatens it. It is, after all, a pretty obvious choice, am I right? Well, not really. Choice making is never easy; intentions that are paving the roads to hell and heaven are the same. One misstep and you end up going way under to where you thought you would end up retiring to. 

Then, you ask me, how do we deal with such a complex and ominous reality? When do we make a stand? And where should we stand? I, like many of you, have to confess that am still figuring it all out. Probably, it will be an eternally ongoing life project. One that will cost me sweat, tears and blood. But one that I am never going to walk away from.

I had a recent experience that may have cost me more that I was willing to pay. True friendships are hard to come by. Perhaps I handled it the wrong way - no, I am sure I handled it the wrong way. But throughout it all, when all was said and done, I stood by what I believed in. I would have stood by my friend as well, but this friend had enough already. It's only fair. We decide what is enough for us in life and when is time to walk away. This power, dearest, no one can take away from you.

Missteps and mishaps later, I sat down with the threat, one of the most beloved persons to me. It would be so easy to take sides if sides weren't held by the people I adore the most in life. And we are all so right. And oh, all so wrong. Because I am selfish. And she is hurtful. And which came first, the egg or the chicken? But don't they love each other in the end? They do when I tell the story.

Saturday, 11 December 2010

Do ba dee

Do ba deeh
Do ba daahh
Ba do deeh
Dee bah doow
Baa daahh
Tchuuuuhh...

For meaning is its own. And there is always a meaning, even if you don't see it yet. You will. Or you won't. That doesn’t change the unequivocally transcendental fact that it is there. And almost everyone knows it - but almost noone sees it: and therein lays the difference. Perspective: such a silly thing....


Disponibilidade Sócio-emocional

Esquecer outro em alguém é uma das piores coisas que se pode fazer. Não só com você, mas com a pobre da pessoa com quem você se dispôs a sair. Afinal, partirmos do princípio, quando saimos com alguém, que esta pessoa está emocionalmente disponível. Estamos compartilhando não só nosso tempo com o outro, estamos compartilhando um pouco da gente. E descobrir que estamos nos doando, doando o que faz nossos pulsos pulsarem, para alguém que não tem e provavelmente não terá um mínimo de reciprocidade - já que não está emocionalmente disponível - é triste. Faz doer o meu coração.

Sunday, 5 December 2010

The dream dreamed

There is a time for everything in life. There is a time to laugh, a time to mourn. A time for grief, a time for sorrow, a time for pain, a time for joy, a time for love. And time for happiness. Oh, the time for happiness - that one should be squeezed in our overbooked schedules every single minute of every single day. But it's not. There is no time for happiness anymore.

I came to learn after a while that timing is everything in life. Yes, it's true. Napoleon said that he created the circumstances. Perhaps that's doable in war, but not in life, not in love. Forcing circumstances on people that aren't ready could actually ruin forever the chance for a timed-coming-together. Or you can be forever ready, waiting for your other half - like Bartram waited for Henry James' Mercher - and still never come together. What a dreadful but still way too common ending. Then send in the clowns. Because there must be clowns with such a Broadway scene.

The complexity of the "two-halves" theory is that, you too may wait forever in the jungle for the beast. It might never come. You, like Mercher, might not be ready yet. You are condemned while also condemning your other half to the same lonely fate. Timing.

I know that I am sufficient on my own. But there are many things time has taught me over the years. It taught me that wounds heal and scars are there to remind us of the trap, not of the pain. It taught me that the best moments are the ones we share with the ones we love. I see that kind of love. I want it. I don't know if my timing has always been a little off. Or if I played Mercher all along. I just know that I dreamed the dream for so long, that now I wouldn't know how to live without it. I don't know if I would want to. 




...when I was young and unafraid...


I don't want to be sufficient anymore. I don't want to be just functional. If waiting is what I have to do, then I'll do it: I'll be patient for the right timing. But damn if I won't be every bit as happy as I can while I'm waiting. I might even look over my shoulders from time to time, trying to anticipate the moment - I'm only human. But I won't let this quest be the core of my existence, won't let it consume what's left of me. I'm not on a safari hunt. I don't want to be in one. I want the beast, alright. But what time has taught me, especially through books, is that this fulfillment comes from waiting for the beast to come to me, not hunting the beast down.

And so I wait. Because there is nothing left for me to do, but wait.



No tocante às relações humanas, parte 1

Em relação a pessoas, existem as de dois tipos. Sim, sou do tipo que classifica. Não de imediato - pelo menos eu tento não ser tão imediatista quanto os meus sentidos às vezes me impulsionam a ser. Detenho-me no que considero relevante: ou elas me tocam, ou não. E só estou interessada na primeira categoria.

Em qualquer esfera de relacionamento, pessoas que te tocam são aquelas que te acrescentam algo mais - de você mesmo. É muito fácil você encontrar alguém que te acrescente um pouco de informação, cultura, divertimento. Pessoas queridas até, com quem você partilha a maior parte de sua vida - professores, colegas, amigos, parentes. Mas essas pessoas das quais eu falo te dão um pouco mais: elas te dão você, uma parte sua que nem você sabia que estava lá. Essas sim são pessoas iluminadas.

Thursday, 2 December 2010

Comfortably Numb

O sentimento de familiaridade me traz conforto. Aqueles corredores, abarrotados de pacientes, gente sofrendo, sangrando, me traz conforto. Não me leve a mal, eu sou humana. Passo por uma vovó em pele e osso, fraca, encostada na parede. E meu coração dói.

Por um momento vacilo e me lembro da fragilidade humana. Me lembro que não é uma barriga, um tumor de cólon, uma vesícula inflamada. É um corpo tremendo à noite, contra uma parede gelada, em uma emergência fria. Mas nunca será indiferença.

Com uma convicção que não se tem às 3 da manhã, checo o acesso dela. Sim, está pérvio. E ela está aquecida. Vou até a sala de prescrição, revejo o prontuário dela e busco no balcão da enfermagem a prescrição. Satisfatório - pelo menos a parte que está legível. Ajusto mais uma vez o travesseiro dela e me dirijo ao estar médico. É o que eu, acadêmica, posso fazer por ela esta hora da madrugada, me convenço. E tem que ser o suficiente. Já não me torturo mais. Pelo menos não tanto.

Antes de atravessar a porta, me detenho por uma fração de segundo, olho por cima do ombro e vejo a vovó. Sorrio empanzinada. Meus olhos passeiam mais uma vez pelo familiar corredor, confortavelmente familiar. Então vejo os doentes em macas espalhadas nos corredores, como a vovó. Esquecidos e calados como as horas das madrugadas que tantas alegrias me trazem. E seus acompanhantes, amontoados aos cantos, mostram a angustia da desinformação e desgaste mesmo em sonho. Meu sorriso torna-se uma careta de um não-sei-o-quê com alguma-coisa-mais.

Aquela madrugada arrastada já estava indo embora, levando meu familiar conforto junto com ela.

O segundo se passou. Olhei para a vovó mais uma vez e fui dormir.

Quem sabe num próximo plantão.

Monday, 22 November 2010

Poemeu II

Acerca da ritmicicidade do tempo

O movimento pendular
que garante a ritmicicidade das coisas
pode não ser tão preciso assim.
Se cada minuto um segundo roubar
O movimento pendular
Não vai ser nada regular
E o tempo, quem vai marcar?

Sem ritmo, sem tino.
Sem metro, sem prumo.
Sem tempo. De nada.

Nem de balançar.



Monday, 1 November 2010

A hesitação em decidir: prazer e risco futuro


Decisões, escolhas. Dois caminhos a se seguir. Mesmo quando as duas opções são viáveis a escolha ainda é difícil. Na verdade, é justamente quando o certo e o errado não estão prescritos, cravados em pedra, é que a decisão se torna tão mais ardilosa, dura.

Este é o caso de nossa paciente. Recém diagnosticada com uma doença auto-imune, lúpus, é aconselhada a não engravidar. Esta recomendação, a priori, feita antes mesmo de sabermos da intenção da paciente em engravidar, vai contra os preceitos de uma boa relação médico-paciente, como assim veremos.

É relevante discutirmos se a conduta de tal médico foi correta ao abordar uma já fragilizada paciente que – acreditamos -  acabara de receber um diagnóstico de uma doença crônica, e, portanto, eterna, com uma informação talvez desnecessária - em um primeiro momento – sobre uma possível e teórica gravidez, mesmo porque uma gravidez em pacientes lúpicas, consideradas de risco, pode ser acompanhada a termo com sucesso como já expresso anteriormente.

No entanto, a fruta proibida é tão mais gostosa: apesar de não termos dados confirmando a vontade da doente de engravidar, a proibição do fato pode ser o estopim para que o desejo de engravidar aflorasse. Afinal, o que seria um improvável e distante risco futuro se comparado com o prazer de uma gravidez – que para muitos é a consolidação da realização de uma mulher -, ainda mais hedonista justamente por ser de alto risco? Ou seja, mesmo se nunca houvesse desejado um filho antes, por agora ter sido aconselhada, mesmo que precipitadamente, a não engravidar, seu desejo de ter um filho (o prazer futuro) pode suplantar o risco iminente de uma gravidez de risco.

Em contrapartida, se levarmos em conta os ideais ascéticos, nossa paciente permanecerá não-grávida (padronização de comportamento). Desejará um filho, uma gravidez, mas suprimirá sua vontade. Inúmeras razões poderão levá-la a esta “pureza”: o saber médico, seu amor de mãe (já que doenças auto-imunes podem ser hereditárias), auto-punição, auto-piedade. Até onde este ideal ascético chegará? E se nossa paciente fosse uma diabética e as recomendações fossem a não ingesta de açúcares? E uma hipertensa com a diminuição da ingesta do sal? Abster-se-ia ela de tais prazeres mundanos e tão pouco controláveis? A intervenção médica nestes hábitos de vida teria o mesmo valor do que a interferência em uma gravidez, que tem uma significância psicossocial indiscutivelmente maior? Até onde vai o poder decisório médico?

É justo assumir que quem discrimina a suposta gravidez da lúpica enquanto de risco é o saber médico. De acordo com Vaz, quando responsabilizamos alguém pelos sofrimentos que experimentamos, supomos que outra coisa poderia ter sido feita e que esta ação, a verdadeira, estava ao alcance de sua vontade. Logo, qualquer posição adotada pelo médico será passível de críticas pela paciente se este não estabelecer com esta, desde o primeiro momento, uma relação de confiança e responsabilidade, a informando de sua condição e as possíveis e prováveis consequênciais.

O cerne da questão não é ser ou não ser, engravidar ou não engravidar, mas quem dita as regras deste jogo. Quem deve administrar o capital-saúde dos nossos pacientes?

Devemos pensar no capital-saúde como uma dívida, já que mesmo quando somos saudáveis, há predisposição a doenças genéticas e outros inúmeros acasos incontroláveis que espolia este nosso capital. No caso de nossa paciente, o lúpus, doença auto-imune de etiologia deveras sombria, é sua dívida que, como afirma Vaz, é impagável. O máximo que podemos fazer é esperar sua inevitável cobrança. Então, como que na posição de médicos, em uma paciente cujo diagnóstico já está cimentado e em cujo prognóstico não se tem uma cura, almejamos algo diferente do que o esperar? 

Com o conceito de fator de risco, há uma transformação da experiência do adoecer, tanto para o doente quanto para a sociedade – e principalmente para o saber médico. Na verdade, hoje, todos os não-doentes são classificados como quase-doentes pela medicina preditiva, já que todos podemos possuir alguma predisposição genética, algum comportamento de risco, estamos no limiar do saudável. Isto causa um desaparecimento gradual entre a distinção do doente para o saudável. A óbvia conclusão: o saber médico, o próprio médico, torna-se uma figura central na padronização do comportamento, ou seja, estabelece diretrizes as quais devemos seguir se quisermos ter uma melhor qualidade de vida – parâmetro de qualidade altamente subjetivo

O conceito de fator de risco pode ser mais um mecanismo de apaziguar as angústias do indivíduo diante de sua impotência em não poder controlar sua vida e morte. A gravidez de nossa paciente traz a impotência do saber médico diante das angústias de nossa paciente. Angústias estas que não foram bem administradas pelo seu médico. Aprendemos com este caso que, independentemente do diagnóstico ou prognóstico de nossos pacientes, uma relação de respeito e confiança com estes é a base de qualquer terapêutica, em qualquer situação, de qualquer paciente.

Parte integrante do Seminário Integrado de Relação Médico Paciente II - UNESA RJ 2010.2 
Curtiu? Procura um camarada chamado Paulo Vaz. Ele vai te explicar melhor. (Um Corpo com Futuro)

Saturday, 16 October 2010

Medidas não-farmacológicas para o controle do stress

O mundo tornou-se veloz: distâncias diminuiram e os prazos já são para ontem. E medicina sempre foi uma das carreiras que mais demandam da alma e da carne. Eu sou uma pessoa naturalmente agitada, ansiosa, inquieta. É esperado que eu me descabele um pouco mais durante os seis longos anos de graduação neste mundo fervilhante. E nos seis de residência. Mas e depois? E durante minha vida profissional? Serei eu mais uma dependente dos sossega-leão-tarjas-preta para tornar o meu nível de stress aceitável? Me moldar ao aceitável?

Pois é, acho que não.

Existe sim solução para pessoas como eu além do tradicional hipnótico/ansiolítico, (não, não estou falando da associação)! Muitos encontram Deus, Buda, Iemanjá. Outros comem demais, bebem demais, fumam, se drogam. Válvulas de escape. Nada disso funcionaria para mim. A paz não vinha. Até que...

A encontrei. Momentos de absoluta paz. Perfeito silêncio. Meu templo...

...o Centro Cirúrgico.

O cheiro de pele queimada e polvidine estão entre minhas lembranças preferidas, para sempre gravadas em mim. Lá, eu sei quem eu sou e o que devo fazer (e quando não sei, tem sempre alguém para me ensinar ou puxar a minha orelha). Nunca me sinto tão bem quanto lá, onde tenho um propósito, uma definição, minha utilidade - e pode não ser tão grandiosa, como nunca é, mas faço parte de algo grandioso, extraordinário até. Maior do que qualquer médico, qualquer acadêmico: Faço parte de uma equipe. 

O ballet da cirurgia, onde até um baleado de tórax vira poesia. O cáos é organizado, estruturado - tem que ser. Coordenado entre todos os participantes, dançamos com prática treinada (a cada plantão um passo novo) uns com os outros. Temos os pés-de-valsa e os pernas-de-pau, como eu: iniciados mas ainda iniciantes, entre nós - mas somos a equipe cirúrgica e nossa dança é sempre arte treinada. Tango de equipe.

No vestiário ainda, eu começo a virar abóbora. O ar abafado do hospital já entra pela porta. Lá fora, nas esquinas da minha vida, um sentimento angustiante me persegue. Problemas que se ciclam. E reciclam. Não consigo encontrar aquela paz que mora no décimo primeiro andar. Nem com ajuda - não absolutamente.

Mas quando subo as escadas para o centro cirúrgico, meus olhos já brilham com o mais puro êxtase que alguém pode sentir, e as memórias do nosso último encontro tintilam nas pontas dos meus dedos.

Lá, no centro cirúrgico, eu acredito em uma força maior.




Encontrei meu templo: inabalável, impenetrável, no qual os problemas de minha vida não têm espaço, não podem ter espaço. O culto que nele se realiza, descobri, é maior do que técnica e do que arte. É maior, porque é a soma do trabalho, não, do esforço, de rostos anônimos que fazem possível a mágica acontecer. E eles não estão todos lá, comigo. Na verdade, são poucos os que de fato no templo estão, mas do ritual, muitos participam. Afinal, para se fazer um bom verão, público ou particular, é necessário muitas andorinhas. Obrigado, andorinhas, pelas noites (e dias!) de felicidade.

Sunday, 3 October 2010

Carta de uma acadêmica

Eu gosto de você, de verdade.
Posso te fazer feliz, mais do que você imagina. Estou te oferecendo mais do que já te ofereceram: eu. E é incondicional, querido. Porque sempre gostei de você, mas sempre tive medo. E recentemente, percebi que o meu medo só me incapacita. Não sei o que está te segurando, se é falta de vontade, de confiança, de tesão. Mas eu sou apaixonada por você - sempre fui - mas nunca acreditei em você.
Cresci.
Hoje, quero que você acredite em mim.
Estou aqui, na sua porta, pedindo para você me amar. Porque eu te amo. Do jeito que você é. Com a bagagem que você tem. Porque foi por você que eu me apaixonei.
.
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Enfim, sou acadêmica do HGB (assim espero). Nada mais comentarei. Não entendo porque nunca me levou a sério. Sempre te amei, idiota.
Laura

Sunday, 26 September 2010

What's New Pussycat?

What's New Pussycat?

Excellent choice for a quiet afternoon. Or a light night with your beloved one and a good bottle of wine. I laughed on the silly bits, was annoyed on the very silly bits (british humor, you gotta be on the mood) and reflected on my own messed up life on the insightful (purposefully - or not) bits. Woddy's debut. Nice, uh? I'm feeling rather nostalgic. So let's begin.

It's all about love today. And pussycats. Aren't those the same? For the handsome lead character, it was. Tangled. When he fell trully in love and his fiancé began pressuring him into marriage. Familiar? The problem: he was a big womanizer. A cheat. The plot: he found himself a psychiatrist that is a convict pervert and put him in a group therapy for perverts. In the end, it all falls into place, with crazyness ensured on every step of the way.

High points. I just adored Capucine's character, Renee. Of course, she's crazy, like everyone else in this movie. But she has such class and pose and finesse. She is funny and frigid and sexy. Can you imagine that? Perfect woman. O'Tootle is the perfect gentleman and the perfect arse - we pity his weakness, we love his flaws. And on a certain light, he is almost handsome. LOL.

The movie goes by without you feeling it, like a warm sunday afternoon. Not a great masterpiece, but light and funny. For sure something I reccommend. Go watch it, kiddo.

The question: why some men tend to avoid marriage at all costs? It's a universal, atemoral tendency. They date, they get engaged. Some will postpone the fateful date for years, ludibriating the poor girl to then just dump her. Or to tell her he's not ready. The thing that he forgets to mention is that he will probably never be ready to marry her. Maybe it's her, maybe it's him. Actually, I trully believe that when  a couple have been dating for a while and marriage is on the table, if the guy is reticent to set the date and his excuses are vage and everchanging, the problem really is that he doesn't want to marry her. It doesn't matter how nice he is, if he doesn't want to spend the rest of his life with you, he's not worth of your time. Then again, what do I know? Here I am, on a Sunday night, drinking wine, watching a '65 movie, writing. By myself. Again.

Go watch the movie. It's nice...

On My Own

Back to Broadway. From where I should never have left.

I have to tell you all something: Broadway rocks my little world. I want that. I want the drama, the jazz, the glitter. I want the love. I want the happy endding.
Am I reaching to the stars?

Why do people keep thinking that to want it all is unthinkable, unreachable? I have one life, and I want all that I am entitled to in this lifetime. Let me tell you a little secret - we are entitled to all we believe we are. Believe and go after it. That's where the power lies. That's what people forget - they forget to believe, they get confortable, they get lazy, they settle for less. Yes, they are happy, but you can see in their eyes the dream that one day was. Not anymore.

So, people, keep living your dull, empty lives, content with crumbs, scraps of what you once dreamed of. I might be eternally unresigned. A true nonconformist. Will this bring me happiness? Probably, no. I just know that I won't accept anything half-way.

I'll leave you on a melancholic mood... Broadway style.

On My Own

Tuesday, 7 September 2010

Life Is Such a Repetition

Seriously, here I am, on a major holiday, bothering my friends and brother on a respectful but still early hour in the morning. For what? Because I'm BORED out of my mind. They are ALL asleep. Well, my poor brother isn't anymore, but he has his girlfriend here, so I better stay on my side of the curb. 

Anyways. This all brings me back to 2 aspects of everybody's lives: 

Firstly: life is a cycle. 

It truly Is a repetition of patterns one is comfortable in following. Let me tell you how I came to this brilliant conclusion - One day you are very hyper and hanging out with friends, then a little melancholic, then you stay in, eat some ice cream, read a book. Then you just wanna party all night long again. Maybe I'm oversimplifying things with this moronic example, but you have maybe 3, 4 personas inside you that cohabit and live peacefully together, on cycles, just like when you plant corn and other plants that exploit too much of the earth. You HAVE to rotate the plants. You have to rotate the personas. The problem is, your life becomes a cycle of these people that, ultimately, are you. You don't move forward, you don't evolve. You keep going round and round. Sad, uh? You have to get out of this CILADA, my friend. Otherwise, you'll stay forever this young soul - not in the cute and innocent way - but in the infantile and immature way. And that's never attractive.

Secondly: Procrastination is the essence of one of my personas. The one that follows the obsessed one. Oops.

I know that I should be studying. I know that I HAVE to study. But he won't call me. So I won't study. I'll write, I'll work, I'll even take my dog on a walk. And later on engage on a crazy Jack Bauer Study Plan (you only have 24 hours!). Sometimes is not even out of spite. Sometimes is just because. Because I want to. Very volutarious this author, uh? But I never liked no-one telling me when to do things. So I do them, all right, but when I want to do them (or when I just can't avoid doing them anymore). Sad? Maybe a little. But I'm such a grown up, doing things on my own timing. ...

Monday, 30 August 2010

Happy Birthday Mom

Today is my mom's birthday. We made her breakfast - pancakes, juice, eggs, the works. There was cake.

It's been esentially a good day. We have some of those. My mom and I, we get along reasonably well, but like in all relationships, we have our bad days - and Merlin, when they are bad, they really are. Sometimes I feel that we don't speak the same language, even though we are from such a close generation, even though my friends are almost her age, even though I've dated people almost her age. We just don't get each other. Maybe it's not about the age. I hope not, since today she turns one year older - looking fabulous by the way. Kudos for my mom!

Sometimes I imagine how it would be like to hang out with my parents back in the days, when they were just young adults, like me. Go to a bar, drink, have fun. Without the parenthood hanging over our heads. They are really cool now, they should have been the talk of the party during the 70s, 80s. How cool would it be?

You know that thing that people say - you have to love your family? Not true. You love people because you do. Not because you are related to them. And I love my mom, just as a person can love another one. Happy Birthday, mom! <3

Sunday, 29 August 2010

Obsessed in obsessing

Over a Saturday tea yesterday I came to a conclusion - okay, my best mate came to this life-changing epiphany: I'm obsessed about obsessing. Really. Looking back, I can see a clear pattern of disasters that reclaim themselves after this statment. I'll elaborate.

When a situation presents itself before me, if it really appeals to me, I'll suck it into my own particular dreamworld and obsess about it with such intesity that will drive my friends up the walls. But with the same intensity that it came, it can soon go away, just like that. Like a warm summer breeze that just passed by you. I won't even know how to explain what it was all about a couple of days later. Sad?

No, I'm not crazy! It's the intensity of the moment. The fury of passion. And it's not like I need a new toy every couple of days. I just need one that will hold my interest long enough. I try. I really do. But as my very smart friend pointed out, I might be trying too hard, or maybe trying in the wrong direction. He also told me I would make the weridest stalker: follow the stalkee flawlessly until "hey, it's no fun anymore, I give up". He has a twisted sense of humor.

The truth is, I always have at least a couple of obsessions in my life, to keep me going, you know? Like my personal talismans. One has been with me since I can remember: surgery. It's such a close relationship now that it's a part of me, of who I am. Others come and go. My most recent one, the topic of my Saturday tea, well, I acquired it this week. Merlin knows how long it will stick around. If things keep looking as gloomy as they've been so far, it might be just a summer breeze. I hope not, he's very cute.


 I have terrible obsessions. He's just not one of them. ;-)

Monday, 23 August 2010

Inquieta

Hoje estou inquieta.
E me rebuliço toda por dentro. Não me concentro. Nada flui. Tudo é estanque. O mundo está na minha contramão.
E eu só penso nela.
Bandida.

Wednesday, 7 July 2010

Winter Break And The Time We Don't Have

Yeah. It came. At last.

Now the only question is, what to do with it? Ain't it always the same question? Every single time you have time, you have all this things you have to take care of, and the time you thought you had, suddenly, you don't. Not anymore, or at least, not to spare.

Napoleon - the short one - used to say that you don't have time, you make time. He's right, you know? We lead busy, busy lives. We have to make time for time. And for all those other silly little things that we neglect on an overstressed workday. Like eating or sleeping right. Some people forget to dream high. I know I forget to work out. Or I just am too lazy after a full day of studying and working and public transportation. Yeah, I know you know what I mean. Tall people and their smelly armpitches cramped into a bus on their way to the suburbs. Yucks. Who wants to work out after that?

Anyways, here am I, bloging. And thinking of my to do list. Yes, a to do list is a very important artifact over the winter break - or any break. Actually, it's just grand, I'm a fan. You know that doctor you should have gone to a couple of months ago? It's on the list. What about the dentist? On the list. Going to the bank to see about that credit card? On the list. The dog needs his shot? The List. The trip you're planning? Put it on The List. See? It's easy to postpone the suffering and to keep on neglecting. My advice? Yes, lists are nice. I, for instance, am adicted to them. But you NEED a deadline, my friend. Or else you'll keep on not having time and not doing anything about the things that need to be done in your life. And trust me, there are always things that need to be done "yesterday" in our lives.

Happy are those who are very very busy. And very very happy about that.

Tuesday, 6 July 2010

Ilusões

Pois bem. Relacionamento novo, aspirações novas. Esperanças, sonhos, encantamento. Promessas. Ou pelo menos, pactos. Mesmo que mal-compreendidos. Mal-estabelecidos. Tem-se um entendimento, ou entende-se que se tem algum.
Então, desilusão.
Porque sempre há desilusão.
Mas você, sabiamente, já estava preparado para a inevitável desilusão. Afinal, companheiro, ela sempre te espera, no dobrar de cada esquina. Por cima do seu ombro você a vê, sua respiração você a sente em sua nuca. Sempre um passo atrás. Sempre atrás.
Preparado você está. Você tem que estar. Não é mesmo? Você sabe que ela vai chegar, de supetão, uma hora. Inclusive,  você a vê de relance. Na verdade, na honesta verdade, você a procura. Mas é pra se preparar, se manter alerta. Vigilância constante. Não é, meu caro?

Será?

Então, ela chega. Já esperada. Antecipada inclusive. É uma confortável amiga, de longa data. Periódicas e regulares visitas ela te presta, mas sempre te acompanha. Você busca sua companhia.
Desilusão.
É doce seu som nos meus lábios.
Desilusão.
É velha amiga minha e da
solidão.

Wednesday, 30 June 2010

A verdade, ou uma versão altamente subjetiva dela

Sempre me envolvi demais com múltiplas coisas. E sabem o que dizem: quem está em todos os lugares, não está em lugar nenhum. Sou extremamente agitada, pareço um elétron desesperado por meu outro par. Confúcio diz que águas agitadas demonstram falta de profundidade - o meu problema é justamente o oposto: eu sou um submarino perdido nas profundezas de um abismo oceânico. As vezes não tenho forças para nadar. Ou nado e nado e morro antes de chegar na praia.

Afinal, o que obviamente não presta sempre me interessou muito.... e é disso que eu corro atrás. E como corro. De tudo, ao mesmo tempo. E só se for agora. Porque esperar não é saber.
E a obsessão? Porque nada é tão gostoso quanto a fruta proibida. E é porque eu não posso que eu quero. Ou é porque eu quero que eu não posso?

É assim que vivo. Amando muito tudo isso. O que eu não posso ter. E correndo atrás, transloucadamente, num esforço frenético. Maratonista não sou, mas obsecada sim. Meus amigos que o digam. E como toda boa brasileira, não desisto nunca.


Saturday, 3 April 2010

Auto-engano

Quem já leu, sabe. Quem não leu, procure se informar. É verdade que todos nós mentimos. Mas o mais assustador é o quanto nós mentimos para nós mesmos e o impacto que isso tem na nossa vida: este é o auto-engano.

O livro do Eduardo Giannetti aborda este tema de quatro ângulos diferentes:

1) O que é o auto-engano e no que ele difere da ação de enganar o outro?
2) Por que o autoconhecimento é um desafio tão difícil para o ser humano e quais as motivações básicas alimentando a nossa propensão espontânea para o auto-engano?
3) Como é possível para uma mesma pessoa enganar-se a si própria? Como nos desincumbimos de proezas como crer no que não cremos, mentir para nós mesmos e acreditar na mentira ou remar de costas rumo a um objetivo?
4) Qual o lugar e o valor do auto-engano na vida prática, tanto sob a ótica dos projetos, desejos e aspirações de cada indivíduo em particular, como na perspectiva mais ampla da nossa convivência em sociedade complexas?



A lógica do auto-engano - ou algumas pinceladas pertinentes.


O que precisamos entender de início é que o auto-engano é um fenômeno intrapsíquico, ou seja, ocorre dentro da minha mente. Tentar forçar o auto-engano é como tentar obrigar alguém a acreditar em algo: não rola. Taí a inquisição que não me deixa mentir. A carne cede, mas ninguém pode afirmar o que se passa na mente. Para o bem ou para o mal, quem põe na cuca acreditar em alguma coisa não pode ser detido. A doutrinação ideológica, a tentativa de forçar a fé - que se faz sempre tão presente junto ao lado perdedor, inferior, no final das contas, nunca dá certo, não é mesmo? Esquecemo-nos do princípio Newtoniano. E Marco Aurélio já dizia "Nunca alimente a esperança de tornar realidade a República de Platão [...] Quem pode mudar a opinião dos homens? E, sem que mudem seus sentimentos, o que se pode fazer se não transformá-los em escravos relutantes e hipócritas?".

Mas veja bem, queridos, querer não é poder. A mente humana é capaz de façanhas inimagináveis. Porém se quero acreditar em alguma coisa - ou deixar de acreditar em outra qualquer - o máximo que posso fazer é buscar mecanismos indiretos que me levem a este caminho. Vou tentar ser mais clara.
Processos involuntários não são passíveis de deliberação direta, mas mesmo assim podem ser manipulados - facilitados ou indiretamente provocados. Existem dois caminhos para se chegar lá. O Transporte Situacional, em que você identifica emoções em outras experiências que empatize um contexto externo que o leve a torná-lo suceptivel, como por exemplo um bom filme ou peça de teatro; e o Mergulho Introspectivo, no qual você busca nas suas suas próprias experiências vividas estas emoções, ou seja, um contexto interno. Aí você para e pensa, 'tá, legal, mas pra que isso se presta?' Exatamente para sensibilizar estes mecanismos indiretos do auto-engano que estavamos comentando agora. E como Giannetti diz: "A magia do trasporte situacional na arte [...] não só de nos fazer esquecer e sentir, mas de nos fazer esquecer de que estamos esquecendo e de nos fazer não sentir que sentimos sem sentir."

Quem nunca negociou com o despertador seus 15 minutinhos a mais? Pois é. Sono é hábito. Mas quando a rotina se quebra, o relógio de dentro entra em descompasso com o relógio de fora. É aí que as negociações começam. Quando o compromisso é externo (trabalho, aula, ...), os outros nos protegem de nós mesmos. Mas quando o compromisso é interno (aproveitar melhor o dia), aí o bicho pega.
A logística do despertador longe da cama pode até funcionar, mas quando ele toca, começam as negociações: "o que são mais 15 minutinhos?". O simples fato de que uma promessa precisou ser feita é sintomático - ela indica que pairam dúvidas quanto a sua realização. Se toda manhã minhas promessas de dormir só mais 15 minutinhos fossem falsas, eu não me enganaria por muito tempo. Mas nem sempre é assim. O grande álibi do auto-engano é que algumas das vezes eu de fato cumpro o que prometi a mim mesma - a promessa é razoavelmente verdadeira no momento que foi feita, mesmo que depois se torne falsa. Ou seja, ela precisa ser verdade para se tornar mentira, entenderam?

Ninguém joga para perder. Sonhar e acreditar no sonho é o sal da vida. O problema não é sonhar e apostar, mas no que sonhar e apostar. A pessoa movida por uma crença, por uma paixão, vive um momento de máxima força e fragilidade: suas certezas iluminam e ofuscam. Eis a estrada para o auto-engano. O homem com sua malícia e a natureza com sua inocência. E assim começam as justificativas. Afinal, duvidar dói. Não se iludam: "A força de acreditar [..] faz milagres. Mas não é critério de verdade".

Nós somos seres parciais. A subjetividade humana tem dois pólos extremos, opostos e complementares. A imparcialidade radical e a parcialidade excessiva. Nietzsche diz que "Homens de natureza vivaz mentem só por um momento: logo em seguida eles mentem para si mesmos e ficam convencidos e sentem-se honestos".  No final das contas, a hipocrisia é um tributo que o vício presta à virtude. Claro que há entre nossos pólos a dissimulação social: o hipócrita interior que nos habita em segredo é um animal diferente do hipócrita social que nos ronda e assedia. E ninguém quer conviver com uma imagem repugnante de si mesmo, não é?


"é difícil ter visões comendo merda"

Mentira e auto-engano são conceitos bem distintos. Como já pincelei aqui para vocês, auto-engano pressupõe uma verdade, ou pelo menos uma crença. Recomendo que busquem o livro do Eduardo Giannetti e leiam. E não surtem, todos nós nos enganamos todos os dias - é um mecanismo adaptativo que nos permite funcionar. Acredite, você não está sozinho.